6 de abril de 2008

Charge - Final do Big Brother Brasil

A Importância do Detalhe

Nunca Foi Tão Importate Usar Acentuação Correta.

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:
'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres'.
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem ele deixara a fortuna? Eram Quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Moral da estória: Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda a diferença.

Carlos Drummond de Andrade - Torcida!

Estou torcendo por você, e por isso quero te oferecer este poema de Carlos Drummond de Andrade:

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.

Tinha gente que torcia para você ser menino. Outros torciam para você ser menina.

Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeito.

Daí continuaram torcendo.

Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.

O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.

E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.

Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.

Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.

Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.

Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser bacana.

Nessas horas, você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.

Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.

E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.

Depois começou a torcer pela sua liberdade.

Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.

Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.

Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.

Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro. Torceu para ser médico, músico, advogado.

Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo essa fase.

No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.

Na faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina. E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela.

Primeiro, torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.

Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.

Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.

E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.

Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.

Mas muita gente ainda torce por você!

Se procurar bem você acaba encontrando.

Não a explicação (duvidosa), mas a poesia (inexplicável) da vida.

Particularmente estou torcendo para que você tenha suceso na vida.

(Marcos Pereira)

5 de abril de 2008

Um Homen Não Pode Ficar Sentado A Toa

CONTOS E LENDAS


Imagino que todas as pessoas acalentem sonhos, mas o que a maioria faz para transformá-los em realidade? Larry Walters faz parte de um grupo relativamente restrito de pessoas que conseguiram realizar o seu sonho. Sua história é verdadeira, embora pareça difícil de acreditar.

Larry era motorista de caminhão, mas o sonho de sua vida era voar. Quando se formou no curso secundário, alistou-se na Força Aérea com a esperança de tornar-se piloto. Infelizmente, não conseguiu seu intento por ter a visão fraca. Depois de deixar o serviço militar, ele teve de contentar-se em ver outras pessoas pilotando os caças a jato que cruzavam os céus, sobrevoando seu quintal. Sentado em sua cadeira, ele sonhava com a mágica de voar.

Certo dia, Larry Walters teve uma idéia. Dirigiu-se ao depósito de materiais excedentes da Marinha/Aeronáutica de sua cidade e comprou um tanque de hélio e 15 balões atmosféricos. Esses balões são diferentes daqueles coloridos usados em festas. São muito resistentes e medem mais de um metro de diâmetro depois de totalmente inflados.

Larry voltou a seu quintal e usou tiras para amarrar os balões à sua cadeira, uma espécie de cadeira preguiçosa como essas que você deve ter em seu jardim. Prendeu a cadeira ao pára-choque de seu jipe e inflou os balões com hélio. Em seguida, fez um pacote com sanduíches e refrigerantes e carregou uma arma, imaginando que poderia usá-la para estourar alguns balões quando chegasse o momento de aterrissar.

Depois de tudo pronto, Larry Walters sentou-se na cadeira e cortou o fio que a prendia ao pára-choque. Seu plano era flutuar lentamente até retornar à terra firme. Mas as coisas não funcionaram como ele desejava.

Quando cortou o fio, Larry não flutuou lentamente; projetou-se para cima como um tiro de canhão! Também não subiu algumas centenas de metros. Subiu, subiu, até chegar a uma altura de mais de 3.000 metros! Naquela altitude, ele não podia arriscar-se a estourar um dos balões. Temia desequilibrar a carga e sair voando de verdade! Assim, resolveu ficar ali, flutuando no ar durante 14 horas, totalmente sem saber como faria para descer.

Finalmente, Larry desviou-se para as proximidades de um corredor aéreo do Aeroporto Internacional de Los Angeles. Um piloto da Pan-Am chamou a torre pelo rádio e informou que acabara de ver um sujeito sentado em uma cadeira preguiçosa a uma altura de mais de 3.000 metros, segurando uma arma no colo. (Seguiu-se um diálogo que eu daria tudo para ter ouvido!).

Los Angeles fica às margens do oceano, e você deve saber que, quando a noite cai, os ventos da costa mudam de direção. Quando o céu escureceu, Larry começou a voar em direção ao mar. Naquela altura dos acontecimentos, a Marinha já havia enviado um helicóptero para resgatá-lo. Mas a equipe de salvamento teve grande dificuldade para aproximar-se dele, porque o vento provocado pelas hélices do helicóptero afastava cada vez mais a engenhoca inventada por Larry. Depois de muito esforço, o helicóptero conseguiu pairar sobre ele, e um dos homens desceu uma corda para conduzir Larry de volta a terra.

Assim que pisou em terra firme, Larry foi preso. Enquanto ele estava sendo conduzido à prisão, algemado, um repórter de televisão gritou:

— Sr. Walters, por que o senhor fez isso?

Larry parou, encarou o repórter e respondeu com indiferença:

— Um homem não pode ficar sentado à toa.

Nunca desista de seus sonhos.