14 de junho de 2008

Agenda de 10 Segundos

“Se não agora, quando?”

(Hillel)

O despertador toca e você cogita seriamente ignorá-lo. Mas levanta-se, toma banho, escova os dentes, veste-se e serve-se de um rápido café da manhã. Talvez apenas café.

No caminho para o trabalho, seja de carro ou de ônibus, o trânsito enseja sensações que lembram “O Grito”, de Edward Munch. Parece que todos resolveram lançar-se às ruas no mesmo instante!

Talvez você avance um semáforo vermelho, talvez invada a faixa de pedestres. Talvez seja multado, talvez não. É possível que dê ou receba uma “fechada” durante uma manobra para mudança de pista que, embora arriscada, não reduzirá em nada o tempo de deslocamento. Talvez você seja alvo ou autor de xingamentos. É provável que chegue ao destino com atraso.

No trabalho, você cumprimenta laconicamente seus colegas. Muitos papéis aguardam atenção na caixa de entrada, que será esvaziada e preenchida seguidas vezes no decorrer do dia. E que terminará novamente repleta de compromissos. Vários telefonemas para dar, receber e retornar. Muitos e-mails para ler, responder e ignorar.

Seu superior solicita urgência urgentíssima num projeto engavetado há meses. Algum cliente apresenta-lhe uma reclamação qualquer. Você dispara contra seus subordinados.

O almoço ocorre fora de horário, no mesmo restaurante e com o mesmo sabor já industrializado em seu paladar. Talvez você fume um cigarro, talvez prefira uma bala de hortelã. Talvez os dois.

E assim transcorre o dia, até o momento de retornar para casa, lembrando-se de Munch, uma vez mais, durante o trajeto. Talvez você vá até uma academia fazer ginástica, talvez vá ao conservatório praticar um instrumento, talvez vá ao shopping olhar vitrinas. Ou talvez se contente com o noticiário, a novela e o reality show. Até que o despertador toque novamente, no dia seguinte...

A palavra é: rotina. Assim vivemos e morremos, dia após dia, percorrendo os mesmos caminhos, mecanicamente. Assim tornamos nossas carreiras desestimulantes, nossos relacionamentos insípidos. Desencanto, alienação e desespero. O prazer e a alegria são raros. E voláteis. Somos completamente infelizes em nossa infelicidade e brevemente felizes em nossa felicidade. E estamos sempre aguardando o dia seguinte, quando tudo o que era para ter sido e que não foi acontecerá.

Ouço músicas que gostaria de ter ritmado, leio textos que gostaria de ter escrito, vejo produtos que gostaria de ter fabricado e conheço idéias que gostaria de ter tido. Então percebo que tudo aquilo foi criado por pessoas como eu, dotadas de angústias e limitações, certamente não as mesmas, pois com origem, intensidade e amplitude diferentes. Pessoas que se superaram, talvez não o tempo todo, talvez por apenas uma fração do tempo.

Já falei muito sobre futuro. Sobre a importância de termos uma visão de futuro, sobre a capacidade de sonhar, a habilidade de traçar metas e a disciplina para concretizá-las. E não recuo em meus propósitos, porque são princípios. Mas inventei para mim uma nova agenda. Ela não se compra em papelaria, porque nela não se escreve. Não está disponível em versão eletrônica, porque nela não se digita. Seu custo é nulo, pois não demanda investimento, não exige que se tenha um palm, uma caneta, nem sequer alfabetização. É uma agenda da mente. É uma “Agenda de 10 Segundos”.

A cada amanhecer tenho a certeza de que aquele é o momento a ser vivido. Em que pese os planos voltados para o futuro, com os pés firmes no chão e os olhos no firmamento do céu, a vida está acontecendo aqui e agora. Por isso, minha agenda não pode contemplar mais do que os próximos 10 segundos. Talvez breves, talvez distantes, talvez intermináveis e, talvez, inatingíveis 10 segundos.

Esta consciência tem me permitido agradecer a cada despertar ao invés de hesitar em me levantar. Tem me sugerido dar passagem a alguém no trânsito ao invés de brigar por insignificantes três metros. Tem me lembrado de dizer “bom dia” aos que me cercam. Tem me incitado a procurar novos restaurantes e novos sabores durante o almoço. Tem me proporcionado o poder de resignação e de resiliência diante das inúmeras adversidades que se sucedem. Nem sempre tem sido assim. Mas assim tem sido sempre que possível.

Fundamentalmente, a Agenda de 10 Segundos tem me ensinado a agradecer, a elogiar, a perdoar, a me desculpar, a sorrir e a amar no momento em que as coisas se dão. E isso possibilita amizades fortuitas que se tornam perenes, negócios de ocasião que se tornam recorrentes e paixões de uma única noite que se tornam amores de toda uma vida.

(Tom Coelho)

24 de maio de 2008

Esse video não podia faltar.

Tema: Ivete Sangalo

Quem disse que depois de adultos não viramos crianças.
Ta aí a prova disso. rsrs
Momentos de extrema alegria que ficam marcados.
"Tum Tum Pá ....Tum Tum Pá"

Apresentação da paródia, todos animados e com a letra quase na ponta da lingua, ainda bem que eu apenas dublava...
Só tinha que segurar aquela guitarra improvisada com um teclado de pc e com o fio de um mouse. (Improvisação total)




Esse é nosso ensaio fotográfico e preparação para a paródia.


"Esso Esso Esso Verde Escuro É Só Sucesso"


6 de abril de 2008

Charge - Final do Big Brother Brasil

A Importância do Detalhe

Nunca Foi Tão Importate Usar Acentuação Correta.

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:
'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres'.
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem ele deixara a fortuna? Eram Quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Moral da estória: Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda a diferença.

Carlos Drummond de Andrade - Torcida!

Estou torcendo por você, e por isso quero te oferecer este poema de Carlos Drummond de Andrade:

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.

Tinha gente que torcia para você ser menino. Outros torciam para você ser menina.

Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeito.

Daí continuaram torcendo.

Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.

O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.

E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.

Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.

Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.

Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.

Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser bacana.

Nessas horas, você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.

Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.

E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.

Depois começou a torcer pela sua liberdade.

Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.

Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.

Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.

Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro. Torceu para ser médico, músico, advogado.

Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo essa fase.

No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.

Na faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina. E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela.

Primeiro, torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.

Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.

Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.

E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.

Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.

Mas muita gente ainda torce por você!

Se procurar bem você acaba encontrando.

Não a explicação (duvidosa), mas a poesia (inexplicável) da vida.

Particularmente estou torcendo para que você tenha suceso na vida.

(Marcos Pereira)

5 de abril de 2008

Um Homen Não Pode Ficar Sentado A Toa

CONTOS E LENDAS


Imagino que todas as pessoas acalentem sonhos, mas o que a maioria faz para transformá-los em realidade? Larry Walters faz parte de um grupo relativamente restrito de pessoas que conseguiram realizar o seu sonho. Sua história é verdadeira, embora pareça difícil de acreditar.

Larry era motorista de caminhão, mas o sonho de sua vida era voar. Quando se formou no curso secundário, alistou-se na Força Aérea com a esperança de tornar-se piloto. Infelizmente, não conseguiu seu intento por ter a visão fraca. Depois de deixar o serviço militar, ele teve de contentar-se em ver outras pessoas pilotando os caças a jato que cruzavam os céus, sobrevoando seu quintal. Sentado em sua cadeira, ele sonhava com a mágica de voar.

Certo dia, Larry Walters teve uma idéia. Dirigiu-se ao depósito de materiais excedentes da Marinha/Aeronáutica de sua cidade e comprou um tanque de hélio e 15 balões atmosféricos. Esses balões são diferentes daqueles coloridos usados em festas. São muito resistentes e medem mais de um metro de diâmetro depois de totalmente inflados.

Larry voltou a seu quintal e usou tiras para amarrar os balões à sua cadeira, uma espécie de cadeira preguiçosa como essas que você deve ter em seu jardim. Prendeu a cadeira ao pára-choque de seu jipe e inflou os balões com hélio. Em seguida, fez um pacote com sanduíches e refrigerantes e carregou uma arma, imaginando que poderia usá-la para estourar alguns balões quando chegasse o momento de aterrissar.

Depois de tudo pronto, Larry Walters sentou-se na cadeira e cortou o fio que a prendia ao pára-choque. Seu plano era flutuar lentamente até retornar à terra firme. Mas as coisas não funcionaram como ele desejava.

Quando cortou o fio, Larry não flutuou lentamente; projetou-se para cima como um tiro de canhão! Também não subiu algumas centenas de metros. Subiu, subiu, até chegar a uma altura de mais de 3.000 metros! Naquela altitude, ele não podia arriscar-se a estourar um dos balões. Temia desequilibrar a carga e sair voando de verdade! Assim, resolveu ficar ali, flutuando no ar durante 14 horas, totalmente sem saber como faria para descer.

Finalmente, Larry desviou-se para as proximidades de um corredor aéreo do Aeroporto Internacional de Los Angeles. Um piloto da Pan-Am chamou a torre pelo rádio e informou que acabara de ver um sujeito sentado em uma cadeira preguiçosa a uma altura de mais de 3.000 metros, segurando uma arma no colo. (Seguiu-se um diálogo que eu daria tudo para ter ouvido!).

Los Angeles fica às margens do oceano, e você deve saber que, quando a noite cai, os ventos da costa mudam de direção. Quando o céu escureceu, Larry começou a voar em direção ao mar. Naquela altura dos acontecimentos, a Marinha já havia enviado um helicóptero para resgatá-lo. Mas a equipe de salvamento teve grande dificuldade para aproximar-se dele, porque o vento provocado pelas hélices do helicóptero afastava cada vez mais a engenhoca inventada por Larry. Depois de muito esforço, o helicóptero conseguiu pairar sobre ele, e um dos homens desceu uma corda para conduzir Larry de volta a terra.

Assim que pisou em terra firme, Larry foi preso. Enquanto ele estava sendo conduzido à prisão, algemado, um repórter de televisão gritou:

— Sr. Walters, por que o senhor fez isso?

Larry parou, encarou o repórter e respondeu com indiferença:

— Um homem não pode ficar sentado à toa.

Nunca desista de seus sonhos.